Descrição: É definida com uma dilatação anormal e distorção irreversível dos brônquios, em decorrência da destruição dos componentes elástico e muscular de sua parede. Há necessidade da presença de dois elementos: agressão infecciosa e deficiência na depuração das secreções brônquicas. Assim, quanto maior a virulência do agente agressor e quanto pior as condições de defesa locais e sistêmicas, maior a possibilidade de desenvolvimento de bronquiectasias. Isso, associado à resposta imune do próprio hospedeiro, promove a perpetuação do processo inflamatório local, com posterior destruição da parede brônquica:
Causa: A bronquiectasia pode ser congênita ou adquirida. Para surgir é necessário ter agressão por uma infecção e a deficiência na limpeza das secreções. Fatores como agressividade do germe causador e os mecanismos de defesa dos pulmões e do organismo influenciam o desenvolvimento da doença. Com a continuidade dos processos inflamatórios pode ocorrer destruição dos brônquios.
Prevenção: O indivíduo com a doença deve receber vacinas contra influenza e o pneumococo.
Sintomas: O típico paciente portador de bronquiectasia é aquele indivíduo que apresenta, persistentemente, tosse produtiva, com expectoração mucopurulenta, em grande quantidade, principalmente pela manhã. A evolução da doença é crônica, meses a anos, e é intercalada por períodos de acentuação dos sintomas, com necessidade de uso freqüente de antibióticos. Tosse crônica e produção de escarro.
Tratamento: O tratamento cirúrgico da bronquiectasia é bem indicado nos pacientes com boa reserva funcional pulmonar, em que a doença é localizada e não há melhora dos sintomas com as medidas clínicas e, também, nos pacientes com hemoptises. Naqueles casos em que a doença é difusa, o tratamento é, tradicionalmente, conservador. No entanto, nas situações em que o tratamento clínico não está apresentando boa resposta e o indivíduo apresenta determinado segmento pulmonar com maior comprometimento (maior supuração), é discutido se a ressecção dessa região não reduziria os sintomas.
Por: Secretaria de Estado de SAÚDE
Publicado em: 21de Novembro de 2019